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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Vadrum Speaks Morse Code (Drum Video)


Entrevista publicada no site "obaterista.com"

Entrevista
Andrea Vadrucci
Bateria Divertida
16/09/2009



Por André Carvalho

Você com certeza já viu este italiano tocando: ele é um sucesso no YouTube tocando o tema do vídeo-game Mario 3 e versões dos temas das óperas “Guilherme Tell” e “O Barbeiro de Sevilla”, de Rossini (esta também passou na televisão brasileira), entre outras brincadeiras. Mas, ao vê-lo tocar, percebe-se que não há brincadeira em seu estudo e sua habilidade com as baquetas. Sua capacidade técnica e sua musicalidade impressionam e divertem ao mesmo tempo. Na Itália, ele é um baterista atuante e bem ocupado, tanto em estúdio e gravações quanto com sua banda Cosmica, e hoje está terminando uma temporada de estudos nos Estados Unidos.

Você ficou bem conhecido em todo o mundo por causa de suas performances no YouTube, tocando bateria sobre temas de vídeo-games como Mario Bros 3, toques de celulares e temas clássicos. Por que você começou a fazer isso?
Em primeiro lugar, obrigado pela oportunidade e pelo “baterista bem conhecido”! Comecei a fazer vídeos de bateria em 2005, só pela diversão, minha e de meus amigos, e estas primeiras experiências só estavam disponíveis no meu site. Algumas vezes por estar entediado, outras por estar com raiva da minha namorada (sim, é verdade! [risos]), mas definitivamente uma das razões que me levou a fazer vídeos de bateria, e que ainda me impulsiona, é que eu adoro todos os aspectos referentes à produção de um vídeo: o nascimento e desenvolvimento da ideia  o arranjo de bateria, a montagem do instrumento e dos microfones, a passagem de som, o posicionamento das câmeras, o processo de edição do vídeo, de mixagem do som, a criação das imagens gráficas... E ainda do próximo passo, como a publicação na internet, os updates de meu site, etc. No verão de 2006 [N. do T.: o verão da Europa, entre junho e agosto] comecei a postar alguns vídeos no YouTube e logo comecei a ter um sucesso inesperado em termos de visitas e comentários. Durante esse tempo, a principal razão que me leva a criar vídeos continua a mesma, mas os amigos se tornaram bem mais numerosos.

Como você escolhe os temas para suas performances, e como arranja as partes de bateria?
Não tenho um método propriamente dito para escolher o repertório. Às vezes escuto estas músicas e minha mente começa a traduzir as melodias em ritmos, grooves, frases, padrões... E pronto! Tento evitar escolher peças em que haja uma bateria feita ou razoavelmente delineada, e escolho peças que me agradam, através das quais eu possa me expressar da melhor maneira, dizer minha “opinião” com minha bateria. Tenho uma quedinha pela música clássica, tenho certeza que todo mundo notou isso [risos].
Como arranjo as partes de bateria... Na maioria das vezes acontece de eu ouvir a peça e já ter uma linha rítmica na cabeça. Então a escuto muitas vezes e tento imaginar como tocar aquilo na bateria de diferentes maneiras, evitando ser repetitivo. Também tento entender quais variações e fraseados rítmicos usar, respeitando e seguindo a melodia, ou tema principal da peça. O próximo passo é traduzir estas idéias para o mundo real, na minha bateria, tocando e improvisando junto com o áudio. Normalmente, antes de gravar o vídeo, não tenho totalmente claro todas as notas que tocarei. Gosto de ter espaço suficiente para melhorar idéias novas e soluções instintivas. Muitas idéias que o público gosta apareceram só quando a câmera estava ligada, e agora você pode ver o resultado na internet.

É claro que você não é só “baterista de YouTube”. Conte-nos sobre as gigs que você toca na Itália.
Toquei por quase cinco anos com uma banda italiana de rock, a Cosmica, até pouco tempo atrás. Gravamos três álbuns de estúdio (o último por um selo indie de Roma, muito legal), fizemos centenas de shows, vencemos concursos de bandas e fizemos muitas participações em rádio e televisão pela Itália. Em paralelo aos primeiros trabalhos com a banda, toquei, colaborei e gravei com muitas bandas de rock, metal e som alternativo na minha região [Lecce, sul da Itália]. Também toquei com um conjunto de bateristas e percussionistas, e gravamos duas trilhas sonoras para uma companhia de teatro italiana e inglesa. Especialmente a última foi uma experiência maravilhosa, que me desafiou, e ao mesmo tempo me diverti com muitos gêneros, num local em que adoro estar, o estúdio de gravação.

Hoje você vive e estuda nos Estados Unidos. Você acredita que é importante para um músico sair de seu próprio país para estudar música? Por quê?
É verdade, estou estudando música fora da Itália, mas considero importante cada um destes aspectos, que não necessariamente devem coexistir. Portanto vou dividir a resposta em duas partes: estudar música, e sair de seu próprio país.
Começo dizendo que sair de seu país por algum tempo é uma experiência de vida muito boa. Compreender outra língua, outra cultura, costumes e hábitos diferentes – música incluso – faz bem, é excitante, desafiador e ajuda a ter um melhor entendimento (e uma ideia mais profunda) do lugar em que vivíamos antes, quem somos e como vivemos nossas vidas. Claro que não é fácil ou acessível para todo mundo, mas é algo que recomendo fazer pelo menos uma vez na vida, mesmo que só por algumas semanas.
Estudar música é algo que só recentemente tomei a sério, mas que queria fazer já há algum tempo. Na verdade, compreendi a importância de estudar música só há alguns poucos anos. Quando eu era adolescente, eu tocava muito com minhas bandas, mas estudei música – e bateria – só um pouco, por estar entediado, eu só queria tocar o tempo todo. Mas com o tempo eu entendi que estudar música, além de ser uma coisa legal também, ajuda a entender profundamente o que estamos tocando, a expressar melhor as idéias que temos em mente, a comunicar mais rápida e claramente com os outros músicos, a tocar nossas músicas com menos esforço, enquanto controlamos mais de um aspecto de um assunto que, talvez, antes nem soubéssemos que existia. É uma linguagem mágica e maravilhosa que enriquece o músico, que o ajuda a ir além e, acima de tudo, lhe dá a chave para se expressar da melhor maneira possível.

Quais suas perspectivas para o futuro próximo? O que você planeja?
A primeira coisa que farei será tocar nos próximos dias 3 e 4 de setembro em um fantástico festival de bateria na Espanha com os super heróis da bateria Dom Famularo, Virgil Donati, Jojo Mayer e Billy Cobham [La Rioja Drumming Festival]. Depois volto a Los Angeles (EUA) para as últimas lições e provas da minha aventura musical no Musicians Institute. Depois de pegar o certificado, voltarei para Itália e me dedicarei a vários projetos que tenho em mente, como solista ou não. Vocês logo saberão mais ficando conectados comigo pelo meu site – será um prazer!

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